A minha primeira vez e única que me mascarei ,infelizmente ou felizmente ,um ambíguo sentido ,pois era menino andava eu na primária e como naquele tempo ainda o Carnaval não tinha a folia que hoje tem no meu querido Portugal ,mas vamos à história era menino e naquele tempo não havia os fatos que há hoje nem as posses eram muitas ,pois éramos quatro irmãos ,e três temos pouca diferença uns dos outros ,meu irmão andava na 1 classe ,eu na terceira e a minha irmã na quarta classe ,logo a dor de cabeça dos meus pais era enorme para poderem arranjar forma de nos mascararem de modo que entrasse-mos no espírito do Carnaval como todos os meninos da escola ,depois de tanto matarem a cabeça kkkk,pois naquele tempo o dinheiro era curto ,lá a minha querida mãe se lembrou que tinha em casa umas batas brancas e num click se lembrou de dois médicos e uma médica ,pinta uma cruz vermelha no peito de cada um ,no bolso um paus de gelados para mandar por a língua de fora aos doentes , ao pescoço um estetoscópio de brincar ,e na malinha um termómetro e seringas de plástico ,lá fomos nós cheios de vergonha ,chegando à escola três irmãos que pareciam fantasmas não fosse a cruz vermelha no peito ,nos aproxima-mos dos outros para festejarmos ,e na inocência de um menino daquela idade ,logos começaram a dizer que se sentiam mal ,uns caiam a propósito pois claro , outros queixavam-se de dores sem as terem ,e quem chamavam para acudir os médicos ,foi uma trabalheira que nos deixaram aos três todos corados ,parecia o reflexo da cruz na nossas faces ,que trauma nunca mais me mascarei na vida kkkkkkkk.
Emanuel Moura