se queda como
uma gota de orvalho
em terra árida
que suplica e se extingue
assim floresce um sorriso
que desmente toda
a ternura do despeito
restando no peito um sensível
pulsar difuso
pulsar difuso
feito reflexo pleno da luz
absorvendo subtilmente
pequenos pedaços sensíveis
que se amortecem na ebulição
nítida da clarividência que surge
em mil detalhes suspirantes
em mil detalhes suspirantes
brotando um infinito desejo
diluído harmoniosamente
num emergente silêncio
ergue-se a plenitude do amor
que nasce e se entrega
em translúcido amar forjado
de um coração palpitante
surge uma seiva que sacia
inigualável sofreguidão
inexorável do destino .
Emanuel Moura