Silencioso sentir
testemunho florescente
da condição humana,
rendido pela inutilidade
enfeitado por um mundo
desnaturado .
Indignos balbucios
criados na insensatez
da imundície ,
depravadas contendas
testemunhas da iniquidade
maliciosa do saber.
Enfadonho viver
revoltante coração duro
de uma alma sem temor ,
inconscientemente perdida
na miserabilidade
desse profundo viver.
Abominável ser
escravo de si próprio ,
devorado pela eloquência
inevitável da escuridão
de um coração
selvagem.
Emanuel Moura