Silenciosamente
aflorando no infinito,
arejando suavemente
imponentes murmúrios ,
extremos pensamentos
vertiginosamente apressados.
Insidiosamente questiono
sistematicamente
cada sentido exprimido
veementemente na impaciência
tumultuosa de um coração .
Precipitadamente fustigado
ressurgem premeditadamente
cada um como prenuncio,
sôfrego de viver .
Profundamente escuto cada um ,
invisíveis pela transparência
busco revelações ,
em cada impulso
emitentes sentimentos.
Esplêndidos sentires
inquietantes ,
enigmáticos e misteriosos ,
sedentos de viver
reais ou imaginários ,
próximos ou longínquos ,
motivados pela ânsia de viver.
Suavemente
estremeço do sonho
encoberto na realidade ,
protegido nos sentires
tranquilamente deixo-me levar ,
no ínfimo instante cipreste da alma.
Emanuel Moura