sábado, 26 de julho de 2014

Essência

Um céu azul de cor padecente
desbravado pela voz do vento
iluminado pelo sorriso do sol
que espreita envergonhado feito
jóia rara de beleza imensurável.

Uma doce neblina se levanta
entre monções de murmúrios
segue selvagem e inacessível
por límpidas nascentes utópicas
que a razão o homem desconhece .

Entre brumas de um mar inquieto
tormentos de crescentes bravura
num infinito e profundo abismo vive
misterioso de lendas imaginarias que
perduram para la do eterno horizonte.

Suaves orvalhadas amortalhadas
em suaves charcos espelhados que
albergam ténues gotas sussurrantes
lamentos salpicados que viram sonhos
vivos na emoção da beleza da natureza.

Emanuel Moura

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sinais

No meu corpo martirizado trago
a fadiga da minha própria existência
o eterno enfeite de um tempo soberano
que em mim tudo transformou.

Transporto nos meus braços
a dor flamejante da vida
nos meus pensamentos os alentos
encobertos pela esperança .

Liberto-me e renasço na aurora
com reflexões e vontades de lutar apenas
no cintilar das magoas um turbilhão
de balsamo que me desbrava .

Sublimes vontades que me vestem
tao amargurado corpo corrompido
por entre murmurios  que o vento desfaz
embevecidos apenas pela fantasia  de viver.

Correntes que florescem como quimeras
que tao padecente coraçao almeja por tao
inebriante perfume que miraculosamente
entorpece a minha singela alma.

Emanuel Moura

terça-feira, 15 de julho de 2014

Momentos

Quem me dera ser como
um passaro repleto liberdade
de sonhar bem alto em mil
promessas de felicidade .

Ser dono do tempo sem ter
presa de viver ,de ser criança
poder despertar a minha infância
de voltar as raízes do meu ser ,
espiar encantos em mim guardados.

Porque não ser semente
jogada pelo abonar do vento
em terra arida sedenta de vida
como gota de agua viva num
deserto sem oásis .

Ai quem me dera ser luz
no breu da escuridão ,o alento
na amargura do sofrimento
de quem nada tem .

Palavras escritas pela mao
que o vento levara para la
dos sonhos eternamente
cerrados em frágil coraçao.

Sinais transformação ,pedaços
de vida de um sonhador prisioneiro
de sonhos perdidos no restolho
das sobras da esperança
na melancolia da fantasia
de um eterno sonhador .

Emanuel Moura


terça-feira, 8 de julho de 2014

Quem somos !

Seres frágeis  de um sem numero de
dependências entre a vida e a morte
um sinal de vida a cada batida do coraçao

Em cada um de nos existe uma casa onde
acolhe alimenta um corpo e um espirito
sedento de batalhas constantes da vida .

Casa  imaginaria para muitos ,para outros
templos sagrados de olhares de suplicas
de fe que alimentam e renovam um espirito.

Seremos atores que tantas vezes cruzamos
num silencio cinzento de confidencias
incertas de gestos samaritanos .

Ou talvez sejamos como puzzles compostos
de um corpo corrompido por projetos de vida
aliados pelas incertezas da vida .

Somos  com certeza apenas humanos
complexos onde  tantas vezes somos quase
tudo ou quase nada nesta vida .

Emanuel Moura